Capítulo 04

O Trio Formado


Nate, Rosa, Riolu e Luna estavam na frente da entrada do hospital no qual Nayara encontrava-se em coma. Sem casa e sem nem um parente por perto eles se decidiam o que fariam da vida.

– Então vamos – chamou a todos Rosa para entrarem no hospital.

Uma decisão havia sido tomada, eles iriam viajar em busca de um Pokémon que pudesse acordar a mãe deles do coma. E neste restante do dia se preparariam para poder partir o mais rápido o possível.
Entraram no hospital e Rosa conversou com uma atendente para que ela desse a permissão de falar com o Dr. Jung. Com seu pedido atendido eles foram levados até a sala dele.

– Oh, olá crianças, são vocês – disse o Dr. Jung, sentado em sua mesa vendo exames e escrevendo anotações e claro, tossindo como sempre.

– Oi doutor, poderia nos dizer uma coisa? – perguntou Rosa mudando seu semblante para sério.

– Claro. O que vocês querem? – soltou sua caneta em cima da mesa para prestar atenção.

– Se eu não me engano, o senhor disse que existem alguns Pokémons que podem acordar as pessoas do coma.

– Foi isso mesmo – acenou a cabeça positivamente.

– O senhor poderia nos dizer quais são eles?

As tosses já não ocorriam mais no Dr. Jung, quando ele falava sério parecia se esquecer completamente delas.

– Conforme as pesquisas, nós cientistas pudemos descobrir que apenas Pokémons com poderes especiais podem fazer isso – pensou na melhor forma de explicar a eles e continuou – Esses poderes não tem nada a ver com os ataques dessas criaturas e só podemos encontrá-los em poucos Pokémons, geralmente em lendários. As Musharnas são raras exceções assim como poucos outros.

– Então só Pokémons muito fortes tem esses poderes? – Nate um pouco confuso faz essa pergunta para ver se entendeu.

– Exato – confirma o Dr. – Mas com poderes de acordar pessoas em coma temos os lendários de Sinnoh, Cresselia e Darkray, por possuírem poderes relacionados ao sono assim como Musharna. Entretanto não é muito aconselhável usar as habilidades de Darkray por estarem relacionadas ao pesadelo.

– Só esses? – indaga Rosa com as baixíssimas opções.

– Não. Em Hoenn dizem que existe um Pokémon que realiza desejos, chamado de Jirachi.

– Então em Unova não tem nenhum? – de séria Rosa fica preocupada.

– É muito difícil fazer estudos sobre Pokémons lendários, às vezes nós cientistas temos que contar com historiadores e até mesmo com as lendas. Talvez até tenha mais algum em Unova, mas isso é algo em que eu não posso confirmar.

– Mas o que que tem maninha? É só a gente ir pra esses lugares.

– Esse é o problema, eu não tenho dinheiro suficiente.

– Deixa eu ver se entendi! – O Dr. Jung se apoia com as duas mãos sobre a mesa e se levanta berrando – Vocês querem ir achar esses Pokémons?

– É por isso que a gente tá perguntando – Nate responde assustado – Achei que você já sabia.

– Vocês não podem fazer isso! É muito perig...

A frase do doutor é interrompida pelas suas tosses que voltaram ainda piores e seus olhos começaram até a lacrimejar. Uma enfermeira entrou na sala as pressas empurrando a dupla de irmãos para chegar até ao senhor Jung com o objetivo de ajuda-lo.

– Acho melhor a gente sair daqui – cochichou Nate bem baixo no ouvido de sua irmã.

Ela concordou e todos foram sem chamar a atenção, até atravessar a porta, quando começaram a correr e tumultuar o hospital outra vez até a saída. Chegaram lá fora ofegantes.

– Espero que o doutor fique bem – Rosa suspira – E o que você vai fazer agora?

– Vou viajar por Unova pra procurar o Pokémon.

– Mas o doutor disse que não sabe se tem algum aqui que pode ajudar a gente.

– Se nem os cientistas sabem, eu vou comprovar.

– Tudo bem, já sei que não vou conseguir fazer você mudar de ideia. Então vamos arrumar nossas coisas.

Eles foram ao Centro Pokémon e Rosa explicou para seu superior a situação, compreendendo ele reservou um quarto para eles se hospedarem por um tempo e a dispensou do serviço mais cedo. Foi até seu irmão e disse seus planos.

– Nate já está ficando tarde. Vamos comprar as coisas que precisamos antes que as lojas fechem. A gente vai descansar aqui no Centro Pokémon e vamos começar a jornada amanhã cedo.

Eles foram primeiro até a loja de roupas, Rosa comprou roupas para ela já que as suas foram queimadas com o incêndio da casa e ela estava com a roupa do serviço. As roupas eram todas combinadas, uma camiseta branca com o desenho de uma pokébola rosa de mangas azuis até o cotovelo, uma viseira branca com detalhes rosa, uma calça leg com um short curto amarelo de pano leve em cima e para terminar, uma meia rosa para combinar com os detalhes da roupa, um tênis com as cores da camiseta com cadarço da cor do short.
Antes de pagarem as contas eles ainda compraram trocas de roupas e uma mochila para cada um. A seguir eles passaram em uma farmácia para comprar remédios e em um supermercado para comprar comida, escovas de dente e outras necessidades. Por fim voltaram ao Centro Pokémon.



– A gente vai poder ficar num quarto e vamos poder jantar e tomar café da manhã – disse Rosa ao seu irmão – Vamos pegar a comida e sentar numa mesa que eu te explico o resto.

Eles fizeram como Rosa disse e ela continuou a explicar:

– Eu falei com meu chefe e ele disse que vai falar com todos os Centros Pokémon de Unova. A gente vai poder ficar num quarto e ter comida em todos eles, e eles também vão nos dar pokébolas e remédios para Pokémon, mas para isso eu vou ter que trabalhar em cada um deles.

– Mas você vai ter que trabalhar por quanto tempo neles?

– Isso vai depender da situação. Se só formos dormir e comer vou ter que trabalhar nos dias em que a gente ficar lá. Se precisarmos de dinheiro vou ter que trabalhar por algumas semanas e mesmo se não precisarmos e lá estiver precisando de funcionários vou ter que ficar o tempo que for preciso.

– Mas e se demorar muito?

– Esse vai ser o preço que vamos pagar se quisermos ir.

Nate olha triste, mas vê que eles vão ter que passar por muitas dificuldades para conseguirem o que querem.

– Então tá bom.

Eles terminaram de jantar e foram ao quarto onde dormiram a noite toda. Ao acordar, eles prepararam tudo para dar início à jornada.

– Está pronto tampinha?

– Estou sim maninha. Vamos Riolu! – O pequeno Pokémon pula da cama e vai ao lado de seu treinador.

– Vamos nessa Luna! Vamos Edna! – Chama Rosa soltando da pokébola uma pequena raposa marrom com pelos mais claros no pescoço.

– Aiii! Esse bixo ta aqui!? – Assusta Nate ao ver a Eevee que retribui com um rosnado para ele.



– Depois não reclama que ela te morde tampinha, você fica provocando ela – Luna ri da situação que já esta acostumada a ver – Então vamos.

Todos descem ao andar de baixo do Centro Pokémon, e juntos comem o café da manhã, eram berries, o que pode ser comido tanto por seres humanos, quanto por Pokémons.

– E então, vocês vão sem se despedir da gente? – pergunta a enfermeira acompanhada de seu Audino.



– Fernanda que pena que a gente vai ter que se separar – Diz a rosa com os olhos já enchendo de lágrimas – Vou sentir saudades da cantoria de você e do Audino todo dia.

– E eu vou sentir saudades de ter que te acordar todo dia no horário de trabalho, também vou sentir saudades de vocês Luna e Edna.

– Foi muito bom trabalhar com vocês, espero que algum dia possa voltar a ser assim de novo.

– Eu também, que dê tudo certo na viajem de vocês – As duas se abraçam e a Rosa chora nos ombros da amiga. Segundos depois elas se separam e o olhar da Fernanda deixa de ser triste. – Sabe quem me ligou ontem amiga?

– Quem? – Rosa fica curiosa e enxuga as lágrimas.

– O Hugh.

– O Hugh? Vocês estão namorando?

– Claro que não! Ele ligou querendo saber de você. Ele disse que ficou sabendo do que aconteceu e disse que queria ir junto de vocês. Aposto que ele tá super afim de você.

Rosa ri e responde:

– Claro que não... A gente é só amigos desde os tempos de escola. Mas ele quer mesmo ir com a gente? Ele nunca mostrou interesse em uma jornada.

– É por isso que eu digo que ele gosta de você. O que mais faria um homem mudar de ideia?

– Ah para! – Diz Rosa envergonhada.

– Falando nele, ó ele aí.

Na porta do centro Pokémon entra um garoto de cabelos escuros e espetados, vestindo tênis e blusa vermelhos e com uma calça azul marinho. Do lado dele estava uma pequena criatura se aparentando a uma cobra com membros, a maior parte de seu corpo era verde, a barriga e suas pequenas pernas eram um creme claro, possuía alguns detalhes amarelos no corpo e seus olhos enormes eram vermelhos e demonstravam confiança e ao mesmo tempo, alegria.



– Oi gente, estão bem? – Diz o menino. E todos o cumprimentam.



– Então, eu tenho que voltar ao trabalho, boa viagem para vocês! – Fernanda e Audino acenam e voltam a trabalhar.

– E aí Hugh, porque você veio? – Perguntou Rosa ao treinador do Snivy.

– Eu fiquei sabendo o que aconteceu com a mãe de vocês e queria ajudar.

– É só isso? Não precisa ter vergonha, pode falar a verdade.

– É sim, eu sou amigo de vocês há tanto tempo, não podia deixar vocês na mão – Apesar da aparência dizer o contrário, Hugh é bastante tímido e reservado – E então, o que vocês vão fazer.

Rosa explica tudo a ele, fala sobre os Pokémons com poderes especiais e que pretendem encontrar um que tire a mãe deles do coma e conta tudo o que sabe desde que apareceu o Druddigon misterioso. Nate também diz sobre os Pokémons incomuns da Rota 19 e a possível ligação com o caso.

– Então é isso – diz Hugh ao terminar de ouvir a explicação – Mas me digam uma coisa... Se esse Pokémon realmente existir e a gente encontrar ele, o que vocês pretendem fazer?

– Não entendi – Nate fica confuso – É só a gente trazer ele pra curar a mamãe.

– E você acha que será simples assim? – continua Hugh – Iremos passar por muitas coisas até encontrar ele, e o único jeito de conseguirmos isso é ficando forte. Eu não gosto de pensar assim, mas e se ele não vier de boa vontade e a única forma de trazer ele for a força? Mesmo que sejamos contra isso é algo que tem que ser feito para conseguirmos o que queremos.

– Mas como a gente vai ficar forte? – pergunta Nate.

– Um jeito rápido de se conseguir isso é participando de batalhas de Ginásios. Os líderes são treinadores profissionais e lutando contra eles pode ser um ótimo treino.

– Se você diz então tá bom – Nate se decide – Eu vou treinar com os Líderes de Ginásio.

– E você Rosa, o que vai fazer?

– E-eu? Eu tô indo pra cuidar do meu irmão e dos Pokémons dele já que eu sou uma Enfermeira Pokémon.

– Então você só está indo por obrigação de cuidar do seu irmão? – Hugh dá uma pausa e se lembra de um pouco do passado - Você não queria sair numa jornada?  Não queria se tornar uma Líder de Ginásio assim como sua mãe foi? Você é descendente de uma famosa família de treinadores de Pokémons tipo fighting os Rogers, é a sobrinha do ex-Elite dos 4, Marshal Rogers você pode ser uma excelente treinadora também. Sabe quando a gente faz algo por obrigação, o tempo passa mais lento e parece que a gente nunca chega onde quer, mas se a gente faz o que gosta o que a gente procura pode aparecer quando a gente menos esperar. E aí, o que você diz Rosa Lyndsandre Rogers?

– Hugh você e tímido, mas quando pensa nada fecha essa sua matraca – diz Rosa e os dois começam a rir – Então, você me convenceu. Eu vou ficar mais forte com vocês.

– Então galera, a gente já conversou de mais – diz Nate – Que tal a gente ir?

– Acho que já passou da hora – comentou Rosa.

– Certo – concordou Hugh.

Rosa pegou algumas pokébolas e remédios e saíram todos do Centro Pokémon, Nate, Rosa, Hugh, Riolu, Luna, Edna e Snivy. indo em direção da Rota 19.


...

A Rota 19 era uma das mais calmas de Unova, uma vez ou outra acontecia algo diferente, como o acontecido com o Nate e o Riolu ontem, e também era bem pequena se comparada com outras da região, não passou uma hora, com descanso, até eles chegarem a Floccesy Town, que como Aspertia City, o Centro Pokémon fica bem próximo a entrada da cidade.


Vamos ao Centro Pokémon – pediu Rosa – Vamos almoçar lá e conversar sobre o que vamos fazer.

Entrando ao Centro Pokémon eles tiveram uma enorme surpresa...


0 comentários:

Postar um comentário