Capítulo 02


A Maldição do Dragão!

Colress puxou o gatilho e o raio que saia da arma atingiu o Pokémon prisioneiro, um dragão alado azul, de cabeça vermelha e cheio de espinhos em seu corpo, da mesma cor que a cabeça, olhos amarelos e com garras afiadas e brilhantes parecendo metais bem polidos. Era um Druddigon, o objeto científico não surtia efeito nele. O cientista aumentou a potencia da arma ao máximo e atirou mais uma vez no dragão, desta vez houve um resultado, o Pokémon ficou com uma aura vermelha e maligna em sua volta, com um pouco de esforço quebrou as correntes que o segurava e tirou o que prendia sua boca.


– Não o deixe escapar – ordenou Colress.

Os membros da equipe ordenaram aos seus Pokémons a o atacarem, mas apenas um Dragon Pulse do Druddigon foi necessário para derrotar a todos e ao mesmo tempo quebrar a jaula que o prendia, correu em direção da porta e arremessou aqueles que estavam em seu caminho, destruiu a entrada e com um rugido assustou as pessoas que estavam lá fora, também começou a atacar tudo e todos pela sua frente.

...

Nate e Riolu acabaram de chegar a Aspertia City, logo na entrada da cidade é onde fica o Centro Pokémon, e o local estava bem movimentado, entrando o tempo todo vários treinadores com Pokémons feridos. Curiosos eles também entram para ver o que está acontecendo.
Já na entrada eles encontram com a Rosa, uma garota de 15 anos, seu olhos eram azuis, seus cabelos longos e castanhos, estava vestida com um uniforme de enfermeira Pokémon, era a irmã de Nate, ela estava pegando alguns kits médicos e se preparando para sair dali.

– Oi maninha, por que tem tanto Pokémon vindo pra cá? – Perguntou Nate.

Ela viu que era seu irmão e respondeu às pressas:

– Apareceu um Druddigon louco atacando todo mundo, então vários treinadores foram até lá pra tentar parar ele.

Ela pegou tudo o que precisava e saiu correndo dali, Nate foi atrás dela.

– Ei, aonde você tá indo com tanta pressa?

– Tô indo onde tá o Druddigon, vou cuidar dos Pokémons lá para facilitar o trabalho no Centro Pokémon.

– E cadê o treinador do Druddigon? Nunca vi Pokémons selvagens desse tipo nessa parte de Unova – indagou Nate se lembrando dos Pokémons comuns dali.

– Não sabemos, acreditamos que alguém tenha trazido ele pra cá e o abandonado.

– Sabe, hoje o dia tá muito estranho, a gente e os Pokémons da Rota 19 fomos atacados misteriosamente por dois outros Pokémons que nunca vimos, e agora as pessoas da cidade estão sendo atacadas por outro incomum – lembrou Nate do incidente com Seviper e Zangoose.

– Mesmo? Se isso for verdade é possível que tudo tenha uma ligação – comentou Rosa.

Agora eles pararam de conversar para procurar informações de onde estava o Druddigon, perguntaram para os civis, que diziam os boatos que ouviam por aí, mas todo lugar que eram lhe informados estavam incorretos, não que as pessoas estavam mentindo para eles, mas o dragão já havia passado por ali, pois a destruição que ele havia causado era bem visível.
Felizmente para eles foi possível ver fumaça, e na maioria das vezes onde há fumaça, há fogo, e possivelmente o Druddigon incendiou alguma coisa. Eles começaram a seguir a fumaça com o objetivo de encontrar sua fonte, estavam satisfeitos, pois estavam quase chegando onde provavelmente era o destino deles, mas para sua infelicidade, a alguma distância perceberam para onde estavam indo.

– Mas... Isso é... – Rosa ficou pasma – A rua da nossa casa!

– Parece que tem uma casa pegando fogo – notou Nate – Vamos rápido maninha, Riolu!

Nate puxou Rosa pelos braços para que ela reagisse, Riolu foi correndo junto deles, ao chegarem à esquina e virarem puderam ver o Druddigon lutando com vários Pokémons e os seus treinadores atrás, havia policiais tentando impedir que treinadores menos experientes entrassem na luta, e equipes qualificadas para proteger e socorrer civis, a mídia também estava lá. Mas para sua maior surpresa, a casa em que estava sendo queimada era a deles.

– A mamãe tá lá! – gritou Nate correndo em direção dos policiais – Por favor! Salva minha mãe! Ela tá dentro da casa que tá pegando fogo!

Os policiais tentam acalmar ele e explicam a situação:

– Calma garoto, nós não podemos fazer nada enquanto aquele Druddigon estiver na frente da sua casa. Assim que derrotarmos ele vamos entrar na casa e salvar sua mãe.

– Uma garota desmaiou ali na esquina! – gritou um garoto.

– Chamem um médico para ir ver ela – disse um policial para outro.

– Essa garota é a minha irmã! – correu Nate em direção a ela.

Nate estava extremamente assustado, em sua cabeça só vinha o pior, ele estava com medo de ficar sozinho nesse mundo. Em seus pensamentos nesse momento vinham memórias de um dia frio e chuvoso, e tinha uma criança que gritava desesperadamente pelo seu pai. De repente tudo começou a girar, os sons estavam se distanciando e a luz sumindo aos poucos. Ele começou a cair, mas alguém o segurou, colocou em seu colo, olhou nos olhos dele antes dele perder a consciência e disse:

– Não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Colocou ele encostado na parede e deixou Riolu cuidando dele, se levantou e pegou uma pokébola na sua bolsa verde, era uma garota loira de olhos verdes, com óculos vermelho, veste uma camisa branca, usa uma boina verde com um laço branco e uma calça que cobre até o joelho da mesma cor que a boina, usa uma blusa e um tênis laranja, e em cada tênis um laço semelhante ao da boina, só que pretos. Ela é uma assistente da principal pesquisadora Pokémon de Unova, seu nome é Bianca. Ela lança sua pokébola, e de dentro dela sai um Pokémon da mesma altura que o Druddigon, um porco bípede com fogo saindo em torno de seu pescoço e ombros, um Emboar.



– Emboar temos que derrotar aquele Druddigon! – diz Bianca indo em direção ao dragão.


– Por favor, deem espaço para essa garota, ela é uma treinadora muito experiente – dizia os policiais.

Os outros treinadores se afastaram e alguns colocaram seus Pokémons na pokébola, Emboar se preparou para receber as ordens de Bianca.

– Comece com Brick Break.

Emboar levantou sua mão direita para atacar, mas foi pego de surpresa por um Dragon Pulse.

– Ataque a distância? Que pena, pois Druddigons não são tão poderosos com ataque a distância – esclareceu Bianca – Mas pelo menos isso o livra da sua baixa velocidade. Tente se aproximar com Flare Blitz Emboar!

O corpo do Pokémon é encoberto de fogo, mas como ele é pesado se aproxima lentamente, Druddigon usa Flamethrower para tentar parar o porco, o ataque cancela o Flare Blitz, mas Emboar consegue ficar bem próximo.

– Ótimo, agora use Brick Break!

O porco de fogo ataca continuamente o dragão e aos poucos vai o enfraquecendo já que ele não tem tempo de revidar, o golpe de vitória é dado na cara do Druddigon, que cai e desmaia ali do lado.

– Obrigada Emboar – agradece colocando o Pokémon de volta para dentro da pokébola – Você salvou o dia.

Logo uma equipe de Rangers Pokémon chega ali para pegar o Druddigon. Os repórteres perguntam o que eles irão fazer com o Pokémon e eles explicam que vão cuidar deles e logo após, irão leva-lo ao seu habitat natural, alguns outros jornalistas cercam Bianca para conseguir uma entrevista. Mas aquilo ainda não havia acabado, pois a casa ainda estava ardendo em chamas.
Todos aqueles que têm um Pokémon com golpes aquáticos, glaciais ou psíquicos, não importando se são treinadores ou não, experientes ou não, começaram a tentar a apagar o fogo. Rosa acordou assustada, com a ajuda dos que estavam em volta dela, foi sendo acalmada e esclarecida sobre o que havia acontecido. Ela se levantou pegou sua pokébola e liberou seu Pokémon, era todo cor-de-rosa, a sua cabeça era redonda e seus olhos eram azuis, tinham dois tentáculos que eram seus braços, e os tentáculos inferiores juntos pareciam um vestido.

– Luna ajude a todos a apagar o fogo – pediu Rosa para sua Frillish rosa – Eu vou cuidar dos Pokémons feridos.



Ela foi cuidar dos Pokémons feridos, que era seu objetivo desde o começo, mas felizmente ela não era a única enfermeira do Centro Pokémon que havia sido enviada, alguns outros já faziam esse trabalho e ela foi ajudar.
Todos estavam se esforçando muito para apagar as chamas, pingos começaram a cair e a engrossar cada vez mais, começou a chover. Demorou um pouco para que as chamas da casa fossem apagadas, os bombeiros foram avisados que havia alguém lá dentro, e um entrou para resgatá-la, ambulâncias chegaram e os enfermeiros pegaram os feridos. Nate havia acordado com a chuva, ele notou um homem saindo de sua casa com sua mãe inconsciente no colo, seu coração acelerou e saiu em direção deles, o Riolu foi atrás.

– Mãe, mãe! – gritava o garoto, que chegou à frente do bombeiro – Senhor, minha mãe está bem?

– Vai ficar garoto, ela vai ser levada para o hospital agora – respondeu.

Os enfermeiros pegaram-na e a colocaram numa maca, Nate olhou em volta procurando sua irmã, até que encontrou um grupo de enfermeiros Pokémons e gritou:

– Rosa! Rosa!

Ouvindo olhou para trás, e vendo seu irmão gritando perguntou:

– O que foi Nate?

– A mamãe vai ser levada pro hospital!

Rosa chamou sua Pokémon e explicou para os outros enfermeiros que precisava ficar com seu irmão, elas foram até eles. No caminho ela ouviu a conversa de investigadores:

– De onde será que surgiu esse Druddigon, não tem essa espécie de Pokémon nessa parte de Unova?

– Há relatos de que alguns estranhos trouxeram algo coberto do tamanho dele para uma casa abandonada, e parece que foi lá que ele começou a atacar estranhamente.

Entrando na conversa Rosa disse:

– Meu irmão disse que Pokémons que não têm nessa parte de Unova também o atacaram estranhamente na Rota 19. Será possível que os dois casos tenham ligação?

– Eu ouvi falar que apareceram um Seviper e um Zangoose Na Rota 19 – comentou um deles.

Um dos investigadores chamava a atenção, já que estava sentado e calado apenas ouvindo a conversa, além disso, sua aparência era bastante familiar e ao mesmo tempo incomum, se assemelhava ao Drácula de filmes vistos em televisão, seus olhos eram azuis claros e vestia uma roupa social azul quase preto, chamativa por alguns detalhes vermelhos e brancos. Levantou-se, cumprimentou Rosa e disse:

– Obrigado pela informação, iremos investigar. Meu nome é Grimsley e qual é o seu senhorita?



– É Rosa – respondeu um pouco corada.

– Fique com este cartão, caso consiga mais alguma informação ligue para mim.

– Tudo bem – respondeu e continuou para aonde estava seu irmão.

Chegando lá, Rosa conversou com os enfermeiros que permitiram que eles entrassem na ambulância e fossem com sua mãe até o hospital. Ao chegar, eles foram levados até um quarto e foi pedido que eles aguardassem um médico, colocaram a mãe deles na cama, Nate e Rosa sentaram-se nos sofás.

– Maninha... – chamou Nate.

– O que foi?

– A mamãe vai ficar bem? – perguntou. Lágrimas escorreram primeiro do seu olho esquerdo, e logo não paravam mais de sair em ambos.

– Eu não sei, espero que sim – respondeu Rosa.

– Eu não quero perde-la... Que nem aconteceu com o papai – o Riolu também olhou triste parecia possuir da mesma dor que seu treinador. Rosa olhou pela janela e recordou:

– Está chovendo... Igual àquele dia...

...

Nate, Rosa, Riolu e Frillish estavam dormindo sentados ou encostados nos dois pequenos sofás que havia no quarto. Alguém chegou e bateu na porta, em seguida entrou acordando a Rosa, era um médico.

– Olá, eu sou o Dr. Alfredo Jung. É aqui onde está a Senhora Lyndsandre? – perguntou o médico.

– Sim, é a minha mãe.

– Eu vim para examiná-la – disse entrando e pegando todos os seus equipamentos.

Rosa acordou Nate enquanto o médico examinava sua mãe, depois de fazer tudo o que era necessário, chegou a uma conclusão e disse a eles:


– Bom... A sua mãe está com algumas leves queimaduras, mas isso é o de menos... Pois ela está... – tossiu um pouco, deu um suspiro, em seguida terminou – Pois ela está em coma.



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