A Maldição do Dragão!
Colress puxou o gatilho e o raio
que saia da arma atingiu o Pokémon prisioneiro, um dragão alado azul, de cabeça
vermelha e cheio de espinhos em seu corpo, da mesma cor que a cabeça, olhos
amarelos e com garras afiadas e brilhantes parecendo metais bem polidos. Era um
Druddigon, o objeto científico não surtia efeito nele. O cientista aumentou a
potencia da arma ao máximo e atirou mais uma vez no dragão, desta vez houve um
resultado, o Pokémon ficou com uma aura vermelha e maligna em sua volta, com um
pouco de esforço quebrou as correntes que o segurava e tirou o que prendia sua
boca.
– Não o deixe escapar – ordenou
Colress.
Os membros da equipe ordenaram
aos seus Pokémons a o atacarem, mas apenas um Dragon Pulse do Druddigon foi
necessário para derrotar a todos e ao mesmo tempo quebrar a jaula que o prendia,
correu em direção da porta e arremessou aqueles que estavam em seu caminho,
destruiu a entrada e com um rugido assustou as pessoas que estavam lá fora,
também começou a atacar tudo e todos pela sua frente.
Nate e Riolu acabaram de chegar a
Aspertia City, logo na entrada da cidade é onde fica o Centro Pokémon, e o
local estava bem movimentado, entrando o tempo todo vários treinadores com Pokémons
feridos. Curiosos eles também entram para ver o que está acontecendo.
Já na entrada eles encontram com
a Rosa, uma garota de 15 anos, seu olhos eram azuis, seus cabelos longos e
castanhos, estava vestida com um uniforme de enfermeira Pokémon, era a irmã de
Nate, ela estava pegando alguns kits médicos e se preparando para sair dali.
– Oi maninha, por que tem tanto
Pokémon vindo pra cá? – Perguntou Nate.
Ela viu que era seu irmão e
respondeu às pressas:
– Apareceu um Druddigon louco
atacando todo mundo, então vários treinadores foram até lá pra tentar parar
ele.
Ela pegou tudo o que precisava e
saiu correndo dali, Nate foi atrás dela.
– Ei, aonde você tá indo com
tanta pressa?
– Tô indo onde tá o Druddigon,
vou cuidar dos Pokémons lá para facilitar o trabalho no Centro Pokémon.
– E cadê o treinador do Druddigon?
Nunca vi Pokémons selvagens desse tipo nessa parte de Unova – indagou Nate se
lembrando dos Pokémons comuns dali.
– Não sabemos, acreditamos que
alguém tenha trazido ele pra cá e o abandonado.
– Sabe, hoje o dia tá muito
estranho, a gente e os Pokémons da Rota 19 fomos atacados misteriosamente por
dois outros Pokémons que nunca vimos, e agora as pessoas da cidade estão sendo
atacadas por outro incomum – lembrou Nate do incidente com Seviper e Zangoose.
– Mesmo? Se isso for verdade é
possível que tudo tenha uma ligação – comentou Rosa.
Agora eles pararam de conversar
para procurar informações de onde estava o Druddigon, perguntaram para os
civis, que diziam os boatos que ouviam por aí, mas todo lugar que eram lhe
informados estavam incorretos, não que as pessoas estavam mentindo para eles,
mas o dragão já havia passado por ali, pois a destruição que ele havia causado
era bem visível.
Felizmente para eles foi possível
ver fumaça, e na maioria das vezes onde há fumaça, há fogo, e possivelmente o
Druddigon incendiou alguma coisa. Eles começaram a seguir a fumaça com o
objetivo de encontrar sua fonte, estavam satisfeitos, pois estavam quase
chegando onde provavelmente era o destino deles, mas para sua infelicidade, a
alguma distância perceberam para onde estavam indo.
– Mas... Isso é... – Rosa ficou
pasma – A rua da nossa casa!
– Parece que tem uma casa pegando
fogo – notou Nate – Vamos rápido maninha, Riolu!
Nate puxou Rosa pelos braços para
que ela reagisse, Riolu foi correndo junto deles, ao chegarem à esquina e
virarem puderam ver o Druddigon lutando com vários Pokémons e os seus
treinadores atrás, havia policiais tentando impedir que treinadores menos
experientes entrassem na luta, e equipes qualificadas para proteger e socorrer
civis, a mídia também estava lá. Mas para sua maior surpresa, a casa em que
estava sendo queimada era a deles.
– A mamãe tá lá! – gritou Nate
correndo em direção dos policiais – Por favor! Salva minha mãe! Ela tá dentro
da casa que tá pegando fogo!
Os policiais tentam acalmar ele e
explicam a situação:
– Calma garoto, nós não podemos
fazer nada enquanto aquele Druddigon estiver na frente da sua casa. Assim que
derrotarmos ele vamos entrar na casa e salvar sua mãe.
– Uma garota desmaiou ali na
esquina! – gritou um garoto.
– Chamem um médico para ir ver
ela – disse um policial para outro.
– Essa garota é a minha irmã! –
correu Nate em direção a ela.
Nate estava extremamente
assustado, em sua cabeça só vinha o pior, ele estava com medo de ficar sozinho
nesse mundo. Em seus pensamentos nesse momento vinham memórias de um dia frio e
chuvoso, e tinha uma criança que gritava desesperadamente pelo seu pai. De
repente tudo começou a girar, os sons estavam se distanciando e a luz sumindo
aos poucos. Ele começou a cair, mas alguém o segurou, colocou em seu colo,
olhou nos olhos dele antes dele perder a consciência e disse:
– Não se preocupe, tudo vai ficar
bem.
Colocou ele encostado na parede e
deixou Riolu cuidando dele, se levantou e pegou uma pokébola na sua bolsa
verde, era uma garota loira de olhos verdes, com óculos vermelho, veste uma
camisa branca, usa uma boina verde com um laço branco e uma calça que cobre até
o joelho da mesma cor que a boina, usa uma blusa e um tênis laranja, e em cada
tênis um laço semelhante ao da boina, só que pretos. Ela é uma assistente da
principal pesquisadora Pokémon de Unova, seu nome é Bianca. Ela lança sua
pokébola, e de dentro dela sai um Pokémon da mesma altura que o Druddigon, um
porco bípede com fogo saindo em torno de seu pescoço e ombros, um Emboar.
– Emboar temos que derrotar
aquele Druddigon! – diz Bianca indo em direção ao dragão.
– Por favor, deem espaço para
essa garota, ela é uma treinadora muito experiente – dizia os policiais.
Os outros treinadores se
afastaram e alguns colocaram seus Pokémons na pokébola, Emboar se preparou para
receber as ordens de Bianca.
– Comece com Brick Break.
Emboar levantou sua mão direita
para atacar, mas foi pego de surpresa por um Dragon Pulse.
– Ataque a distância? Que pena,
pois Druddigons não são tão poderosos com ataque a distância – esclareceu
Bianca – Mas pelo menos isso o livra da sua baixa velocidade. Tente se
aproximar com Flare Blitz Emboar!
O corpo do Pokémon é encoberto de
fogo, mas como ele é pesado se aproxima lentamente, Druddigon usa Flamethrower
para tentar parar o porco, o ataque cancela o Flare Blitz, mas Emboar consegue
ficar bem próximo.
– Ótimo, agora use Brick Break!
O porco de fogo ataca
continuamente o dragão e aos poucos vai o enfraquecendo já que ele não tem
tempo de revidar, o golpe de vitória é dado na cara do Druddigon, que cai e desmaia
ali do lado.
– Obrigada Emboar – agradece
colocando o Pokémon de volta para dentro da pokébola – Você salvou o dia.
Logo uma equipe de Rangers
Pokémon chega ali para pegar o Druddigon. Os repórteres perguntam o que eles irão
fazer com o Pokémon e eles explicam que vão cuidar deles e logo após, irão
leva-lo ao seu habitat natural, alguns outros jornalistas cercam Bianca para
conseguir uma entrevista. Mas aquilo ainda não havia acabado, pois a casa ainda
estava ardendo em chamas.
Todos aqueles que têm um Pokémon
com golpes aquáticos, glaciais ou psíquicos, não importando se são treinadores
ou não, experientes ou não, começaram a tentar a apagar o fogo. Rosa acordou
assustada, com a ajuda dos que estavam em volta dela, foi sendo acalmada e esclarecida
sobre o que havia acontecido. Ela se levantou pegou sua pokébola e liberou seu
Pokémon, era
todo cor-de-rosa, a sua cabeça era redonda e seus olhos eram azuis, tinham dois
tentáculos que eram seus braços, e os tentáculos inferiores juntos pareciam um
vestido.
– Luna ajude a todos a apagar o
fogo – pediu Rosa para sua Frillish rosa – Eu vou cuidar dos Pokémons feridos.
Ela foi cuidar dos Pokémons
feridos, que era seu objetivo desde o começo, mas felizmente ela não era a
única enfermeira do Centro Pokémon que havia sido enviada, alguns outros já
faziam esse trabalho e ela foi ajudar.
Todos estavam se esforçando muito
para apagar as chamas, pingos começaram a cair e a engrossar cada vez mais,
começou a chover. Demorou um pouco para que as chamas da casa fossem apagadas,
os bombeiros foram avisados que havia alguém lá dentro, e um entrou para
resgatá-la, ambulâncias chegaram e os enfermeiros pegaram os feridos. Nate
havia acordado com a chuva, ele notou um homem saindo de sua casa com sua mãe inconsciente
no colo, seu coração acelerou e saiu em direção deles, o Riolu foi atrás.
– Mãe, mãe! – gritava o garoto,
que chegou à frente do bombeiro – Senhor, minha mãe está bem?
– Vai ficar garoto, ela vai ser
levada para o hospital agora – respondeu.
Os enfermeiros pegaram-na e a
colocaram numa maca, Nate olhou em volta procurando sua irmã, até que encontrou
um grupo de enfermeiros Pokémons e gritou:
– Rosa! Rosa!
Ouvindo olhou para trás, e vendo
seu irmão gritando perguntou:
– O que foi Nate?
– A mamãe vai ser levada pro
hospital!
Rosa chamou sua Pokémon e
explicou para os outros enfermeiros que precisava ficar com seu irmão, elas
foram até eles. No caminho ela ouviu a conversa de investigadores:
– De onde será que surgiu esse Druddigon,
não tem essa espécie de Pokémon nessa parte de Unova?
– Há relatos de que alguns
estranhos trouxeram algo coberto do tamanho dele para uma casa abandonada, e
parece que foi lá que ele começou a atacar estranhamente.
Entrando na conversa Rosa disse:
– Meu irmão disse que Pokémons
que não têm nessa parte de Unova também o atacaram estranhamente na Rota 19.
Será possível que os dois casos tenham ligação?
– Eu ouvi falar que apareceram um
Seviper e um Zangoose Na Rota 19 – comentou um deles.
Um dos investigadores chamava a
atenção, já que estava sentado e calado apenas ouvindo a conversa, além disso,
sua aparência era bastante familiar e ao mesmo tempo incomum, se assemelhava ao
Drácula de filmes vistos em televisão, seus olhos eram azuis claros e vestia
uma roupa social azul quase preto, chamativa por alguns detalhes vermelhos e brancos.
Levantou-se, cumprimentou Rosa e disse:
– Obrigado pela informação,
iremos investigar. Meu nome é Grimsley e qual é o seu senhorita?
– É Rosa – respondeu um pouco
corada.
– Fique com este cartão, caso
consiga mais alguma informação ligue para mim.
– Tudo bem – respondeu e
continuou para aonde estava seu irmão.
Chegando lá, Rosa conversou com
os enfermeiros que permitiram que eles entrassem na ambulância e fossem com sua
mãe até o hospital. Ao chegar, eles foram levados até um quarto e foi pedido
que eles aguardassem um médico, colocaram a mãe deles na cama, Nate e Rosa
sentaram-se nos sofás.
– Maninha... – chamou Nate.
– O que foi?
– A mamãe vai ficar bem? –
perguntou. Lágrimas escorreram primeiro do seu olho esquerdo, e logo não
paravam mais de sair em ambos.
– Eu não sei, espero que sim –
respondeu Rosa.
– Eu não quero perde-la... Que
nem aconteceu com o papai – o Riolu também olhou triste parecia possuir da
mesma dor que seu treinador. Rosa olhou pela janela e recordou:
– Está chovendo... Igual àquele
dia...
...
Nate, Rosa, Riolu e Frillish
estavam dormindo sentados ou encostados nos dois pequenos sofás que havia no
quarto. Alguém chegou e bateu na porta, em seguida entrou acordando a Rosa, era
um médico.
– Olá, eu sou o Dr. Alfredo Jung.
É aqui onde está a Senhora Lyndsandre? – perguntou o médico.
– Sim, é a minha mãe.
– Eu vim para examiná-la – disse
entrando e pegando todos os seus equipamentos.
Rosa acordou Nate enquanto o
médico examinava sua mãe, depois de fazer tudo o que era necessário, chegou a
uma conclusão e disse a eles:
– Bom... A sua mãe está com
algumas leves queimaduras, mas isso é o de menos... Pois ela está... – tossiu
um pouco, deu um suspiro, em seguida terminou – Pois ela está em coma.
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