Capítulo 01


Uma Missão! Protejam as Berries!

O Sol estava “calmo”. A brisa fria dava uma sensação gostosa e também empolgação. Era um belo dia para se aproveitar a natureza, e era isso que Nate estava fazendo.
Nate é um garoto de olhos castanhos e cabelos bagunçados que geralmente usa uma viseira vermelha com o símbolo de uma pokébola, ele está vestido com um traje de natação preto com detalhes azuis de manga que vai até o cotovelo, uma blusa azul-escuro de zíper com gola alta, uma bermuda cinza e tênis preto com as laterais vermelhas. Tem apenas 13 anos de idade, apesar de jovem é bem responsável, isso, pois sua mãe ficou viúva faz dois anos e com as dificuldades que tiveram deste tempo pra cá ele e sua irmã vem ajudando muito em casa.



– Riolu pegue elas com o Quick Attack!

O pequeno Pokémon azul pula sobre os galhos das árvores e com muita agilidade vai derrubando frutas sem danificá-las. Nate corre atrás, no chão, com um cesto de palha e com ele vai pegando as frutas sem deixa-las cair no chão.
Riolu era o Pokémon da Nate, na verdade era do pai de Nate, mas após sua morte o pequeno lutador ficou com seu filho, e um ajudou o outro a superar esta triste perda. Agora os dois viviam para cuidar da pessoa mais importante para ele, Nayara, sua amada esposa.




– Muito bem Riolu – agradeceu o garoto alegre, vendo todas as boas frutas que eles haviam colhido – Enchemos o cesto de berries, mamãe vai ficar muito feliz!

O pokémon sorria, estava feliz em poder ajudar essa família.

– Pegue uma – Nate pegou duas berries no cesto e jogou uma para seu parceiro, ele pegou e ambos deram uma mordida, neste momento seus olhos “brilharam” – Está muito bom!

Depois de lanchar os dois deitaram-se na sombra de uma grande árvore dali e tiraram um cochilo, estavam exaustos e mereciam um bom descanso. Mais tarde aquele cesto seria levado para sua casa, sua mãe sempre dizia que comer muitas frutas era bom, desde então os dois sempre que possível colhiam frutas, isso chegava a ser um treinamento para eles, além de reforçar seus laços familiares.
O dia estava ótimo, os Pokémons selvagens também aproveitavam, porém o que eles não imaginavam era que ali nesta floresta estava um grupo, não era um simples grupo, mas sim uma equipe que estava prestes a fazer experimentos com os monstros de bolso que viviam ali. Junto desta equipe tinha um cientista genial, era jovem, loiro e usava óculos, estava vestido com um jaleco branco, o que o distinguia dos outros dali que usavam um uniforme preto com máscaras que cobriam a boca e boinas. Um dos integrantes da facção veio com uma mala negra e estendeu seus braços a oferecendo ao cientista.


– Aqui está senhor Colress.

O loiro a pegou e com uma chave que estava em seu bolso abriu a trava da mala. Dentro dela estava uma pistola branca com belos detalhes modernos, não eram apenas para enfeitar, cada um tinha sua importância no objeto, ele a pegou e a apreciou, foram muitos anos de estudo e muito dinheiro investidos para criar essa máquina, entretanto essa era apenas um protótipo e agora seria testada para ver se funcionava bem ou se seria necessário alguns ajustes.

– Primeiro iremos testá-las em Pokémons selvagens de nível baixo aqui da Rota 19 – explicou Colress enquanto mexia nos mecanismos da tecnologia, luzes azuis ascenderam dela, o cientista procurou por alguma “cobaia”, e encontrou dois pequenos Patrat que estavam lanchando, apontou a arma e apertou o gatilho, um raio azulado o acertou e seus olhos brilharam da mesma cor, fez o mesmo com o outro – Por enquanto parece que a arma está funcionando bem, lutem entre si Patrats – os esquilos começaram a brigar sem motivo nenhum, apenas porque aquele homem que eles nunca o viram ordenou.



Colress pediu para que trouxessem os outros, dois membros vieram com um Pokémon cada, presos para que não escapassem.

– Já fizemos dois amigos brigarem entre si, agora vamos ver se podemos fazer dois inimigos trabalharem juntos – os Pokémons trazidos eram uma Seviper e um Zangoose, inimigos de natureza, mesmo sem nunca terem se visto antes, ao se encontrarem pela primeira vez na vida, na maioria das vezes começam a brigar. Colress usou sua arma em cada um deles e assim como os Patrats seus olhos brilharam azuis e tudo o que impediam eles de se atacarem foi retirado – Vão colher algumas berries juntos – assim como ordenado foi feito, eles trabalharam juntos como se eles fossem amigos há vários anos e se amassem.



– Já foram feito todos os testes necessários aqui, por enquanto tivemos cem por cento de sucesso, minha criação realmente funciona muito bem. Agora onde está o último? – perguntou o cientista.

– Senhor Colress, ele está numa casa abandonada lá em Aspertia City, não tínhamos como trazê-lo até aqui a pé, era muito poderoso e estava muito furioso – explicou um dos homens de uniforme preto.

– Está bem, levem-me até lá – Colress era calmo, e enquanto seus experimentos e criações dessem certos ele agia tranquilamente sem se enfurecer.

– Senhor Colress, e o que fazemos com o Seviper e Zangoose, os prendemos de novo? – perguntou outro membro.

– Não, deixe-os livres, não precisamos mais deles para nossos experimentos. Eles têm nível baixo comparado ao nosso objetivo que é muito maior – explicou.

– Entendido! – responderam todos que estavam ali com reverência.

Todos se foram, e os novos “amigos” continuaram colhendo berries, Seviper se enrolava nos galhos e retirava as frutas com ataques venenosos com a cauda e por um descuido acertou um galho que quebrou e voou em direção a Zangoose, isto o acertou em cheio e seus olhos de azul passaram a brilhar vermelho, sua face que estava com uma expressão calma e amigável mudou para uma feição nervosa e assustadora. Logo o felino pulou e começou a atacar a cobra com suas garras enormes e afiadas furiosamente, ela foi derrotada rapidamente. Zangoose estava descontrolado, saiu destruindo e atacando tudo e todos que encontrava pela frente.
Nate e Riolu ainda encontravam-se dormindo, estava tudo calmo até que vários Pokémons bem assustados com alguma coisa começaram a correr por onde eles estavam e após serem pisoteados acordaram assustados.

– Quem ousa pisar em cima da minha cara! – gritou Nate olhando para os lados, até que viu Pokémons indo em direção aos arbustos – Vamos Riolu! Não deixe esses malditos escaparem assim!

Riolu também estava nervoso com o que tinha acontecido e também queria se vingar. Logo um arbusto na outra direção começou a se mexer e os dois ficaram em posição de ataque.

– Vocês não vão mais pisar em cima da gente, vai Riolu! Ataque com Low Sweep!

Obedecendo a seu treinador, ele acertou um chute no que estava atrás do arbusto e para sua infelicidade, o que estava lá era um furioso e poderoso Zangoose. Ao receber o golpe não pensou duas vezes e logo revidou com Crush Claw, o ataque arremessou o Riolu para o alto.

– Riolu! – gritou Nate correndo em direção ao Pokémon, deu um pulo e conseguiu pegar o coitado antes que ele se “esborrachasse” no chão – Vamos fugir – Saiu correndo na direção oposta e seu Pokémon foi agarrado no seu pescoço, ele pegou a cesta de berries que estava em baixo da árvore e continuou a correr.

Nate ainda não havia conseguido despistar o Pokémon furioso atrás deles, aquela rota era muito maior do que parecia. Depois de muito correr o garoto se deparou com um pequeno riacho, logo do outro lado tinha um penhasco e nele uma escadaria, aquele era o único lugar por onde eles tinham como tentar fugir naquele momento.

– Droga, não podemos perder tempo e nem as frutas que colhemos. Riolu suba em meu braço – Nate estendeu seu braço e sem hesitar o Pokémon obedeceu, o jovem de cabelos bagunçados atirou seu parceiro para o outro lado, Riolu deu uma cambalhota e aterrissou em terra firme – Agora pegue as berries!

Agora seria a vez das frutas, Nate segurou o cesto e o lançou com todo o cuidado para que sua base não se virasse muito e todas as frutas fossem derrubadas, Riolu deu um pulo e pegou o cesto, apenas uma pequena fração caiu no riacho, alimentando assim alguns dos Pokémons aquáticos que viviam ali.

– Riolu suba no penhasco, eu vou bem atrás de você!

Nate pulou no riacho e foi andando até o outro lado. Não era muito fundo, a água chegava um pouco acima de sua cintura. Riolu subiu numa escada que levava ao topo do penhasco, ao chegar lá em cima ficou esperando por seu treinador que já estava quase alcançando o outro lado. Zangoose a toda velocidade chegou ao riacho e pulou para dentro, era muito mais ágil e rapidamente chegou atrás de Nate, se preparou para atacar e avançou sobre o garoto com um poderoso Crush Claw, Riolu pulou do penhasco e com um Quick Attack lançou o inimigo para o fundo do riacho. Os dois subiram no penhasco pela escadaria, ao chegar lá eles estavam ofegantes, se sentaram em baixo de uma árvore e descansaram.

– Valeu Riolu – agradeceu, e olhando em volta perguntou – agora me diga, onde você deixou o cesto?

O Pokémon apontou em direção do objeto com as frutas, em volta dele estavam vários gatos com pelagem roxa pegando as berries sem se importar se elas tinham dono ou não. Nate arregalou os olhos e gritou:

– O queee! Estamos sendo roubados por Purrloins! Atrás deles Riolu!



Os felinos ao ouvirem saíram correndo com o cesto. Aquele dia que começou gostoso já não estava mais tão bom, primeiro pisoteados, depois perseguidos e agora roubados, mas como eles já haviam resolvido o resto eles não iriam deixar os ladrões se safarem dessa. Eles os perseguiram até encontrarem onde o grupo de Purrlois vivia.

– Ei vocês! Devolvam nossas frutas!

Os gatunos ao perceberem que eles haviam os alcançado avançaram em direção deles para atacar com Scratch. Riolu começou a batalhar com eles, um único Low Sweep ou Low Kick era suficiente para derrotar um por um, quando não dava tempo de chutá-los ele atacava com o Quick Attack. Os Purrlois não eram muito poderosos, mas estavam em uma enorme quantidade, mesmo assim todos foram derrotados.

– É isso aí amigão, você é incrível! Agora vamos pegar nossas frutas de volta – Nate pegou seu cesto se virou e foi embora dali, até que atrás dele apareceu uma silhueta amedrontadora, ele virou sua cara, pasmo para ver o que era – Ahhh! Um Liepard! Derrote-o Riolu!



Ele deixou a cesta cair e saiu correndo do Pokémon, Riolu foi para cima do felino com poderosos chutes, mas diferente dos Purrloins, aquele Liepard era muito poderoso, provavelmente o líder do bando.

– Não adianta, vamos fugir! – os dois correram para a direção oposta do gatuno, até que eles se depararam com um antigo “amigo”, era Zangoose novamente – Estamos cercados!

Zangoose avançou para atacar com Crush Claw e Liepard foi com Shadow Claw. Nate ficou paralisado, Riolu pulou em cima de seu treinador e o tirou da frente dos golpes que com certeza seriam fatais para um simples humano. Ambos os felinos acertaram um ao outro e agora começariam uma imensa batalha. Nate foi aonde tinha deixado o cesto e o pegou, e junto de seu Pokémon foi embora dali com cuidado para não chamar a atenção. Desceram do penhasco e atravessaram o riacho, agora estava tudo bem, e com certeza não podia piorar, nada podia piorar mais aquele dia a não ser uma serpente machucada procurando por berries que poderiam curar seus ferimento, e era isso que estava acontecendo, uma Seviper parou na frente deles e a primeira coisa que reparou foi no cesto cheio de frutas, a cobra avançou sobre eles para tomar o que queria, assustando Nate.

– Ahhh, mas por que isso está acontecendo? Riolu ataque ela com Low Sweep! – O olhar de Nate mudou para um olhar maligno e cheio de más intenções, então ele disse o que estava planejando – E como eu já estou muito furioso eu também vou lutar!

Ambos avançaram juntos e acertou em cheio um chute duplo no Pokémon peçonhento, ele foi arremessado bem alto e tombou no tronco de uma árvore, Seviper fugiu dali, não porque tinha percebido que seria derrotada, mas sim porque estava assustado com o ataque de um humano, para ela um treinador para atacar um Pokémon tinha que ser muito louco, vai que ele fosse um Serial Killer de Pokémons.
Nate estendeu seus braços para o alto e gritou:

– Nada mais vai me impedir de levar esse cesto de frutas para casa! Se quiserem vir podem vir Pokémons, eu mesmo irei derrotar todos vocês!

Neste momento um Unfezant passou, com o seu bico tirou o cesto da mão de Nate e saiu voando.


– Impossível!... Ei seu pássaro maldito volte aqui com essas frutas, vamos batalhar justamente! Você sabe que eu não posso voar! Volte aquiii!!! – Nate se ajoelhou e pôs-se a berrar – Por queee!!?

...

Em uma casa velha e abandonada em Aspertia City chegou a mesma equipe que havia feito os experimentos nos Pokémons da Rota 19 e com certeza desta vez, o que estaria ali seria deu um nível extremamente superior ao de Seviper e Zangoose.

– Ele está aqui senhor Colrres – um dos homens de uniforme tirou um grande cobertor branco e velho que estava no centro da sala daquela casa, em baixo tinha uma jaula enorme e dentro dela um Pokémon todo acorrentado, sua boca estava tapada e seus olhos tinham uma expressão furiosa.

– Excelente, vamos começar o último experimento – Colress ligou a arma e apontou para aquela criatura, uma criatura enorme que se parecia com um poderoso dragão.


Os experimentos feitos anteriormente não tiveram resultados nada positivos, porém essa equipe não ficou sabendo disso, a partir de agora os riscos podem ser piores do que brincar com fogo.


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